história e democracia

Monday, April 24, 2006

O ESPIRÍTO DA ÉPOCA: RESENHA CRÍTICA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
DISCIPLINA: HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
PROFESSOR: CARLOS ALBERTO
ALUNO: UILSON REZENDE




RESENHA





PERROT, Michelle, O Espírito da Época. Ensaios de Ego História, Lisboa, 1989.


Essa obra tem como pano de fundo uma breve reflexão da autora sobre sua vida no período de adolescência até a fase adulta, onde foram narradas várias situações que demonstra as desilusões e as conquistas de uma mulher que lutou arduamente defendendo seus ideais e quebrando barreiras de discriminação e preconceitos, da qual a mulher fora submetida ao longo do tempo.
No período da infância e adolescência, autora a foi educada no meio religioso, fundamentada na religião católica. Michelli Perrot, mostra sua revolta em ao longo do texto reclamando sobre a falta de liberdade e das dificuldades enfrentadas por ela, principalmente no período da guerra. Ela relata também, como a sociedade tradicionalista de Paris discriminava e restringia a função social da mulher. Sendo: dona de casa, servindo apenas para o casamento, para religião e educar os filhos. Em outro momento ela cita com insatisfação a submissão de algumas mulheres que não lutavam para mudar aquela realidade.
Em certo momento do texto a autora continua comentando a respeito do papel da mulher e as imposições atribuídas a ela pela sociedade patriarcal a qual pertencia. Porém, em sua vida familiar, o seu pai outra visão em relação à mulher, de maneira que atribuiu a ela uma total liberdade, para que ela lutasse em busca de seu sucesso.
Segundo, Michelli Perrot, a religião foi à pedra fundamental para que ele descobrisse o caminho da política e da história. Sua tendência marxista era notável e tem um maior destaque quando a autora passa a pertencer o movimento operário em Paris. O seu tema de pesquisa acadêmica, na universidade de Sorbonne, tem como titulo o movimento feminista e a história das mulheres.
Findando o texto, ela faz alguns agradecimentos citando um senhor de nome Ernest Labrousse, seu antigo patrão: “Devo muito aos seus encorajamentos. Sem eles nunca teria, sem dúvida, ousado fazer investigação e sonhado com uma carreira universitária”. Em outro momento ela justifica o principal significado da sua obra dizendo: “Todavia, se desejo contribuir para esta reavaliação do olhar histórico, não quero por agora ser uma especialista e menos ainda erigir a história na especialidade”.

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